E se tu não sêdes
Se tu não cedesses à vida mais?!
E se todos os seres numa marcha se suicidassem?!
Precipitassem aos abismos?!
Encolerizassem as feras oferecendo-se para serem devorados?!
Prendessem a respiração para ter com as abissais profundezas?!
E se desfilasses de salto alto nos desfiladeiros vertiginosos?!
Se não suportasses a taquicardia ao despertar de um sonho medonho?!
Se projetasse a inércia de tua carne numa veloz cidade qualquer?!
E se tu fosses apenas descuidado de si
Diariamente descuidado de si
Vivendo sem o perceber, nem ao menos desconfiar de
Uma outra forma de existir?
Dá tempo, neste átimo de vida, de ser tu?!
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