A visão encharcada de sensações é inimiga da memória porosa ao esquecimento. No fim, como diz Milan Kundera, a vida é condicionada por escolhas irrevogáveis e acontecimentos fortuitos. A vida humana balouça ao sabor deste vento.
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A vida acontece ali também, onde não me vejo. É demasiada gente para se viver, imenso palco de luta no pequeno cenário do dia a dia avistado do lado de fora das casas, observado nas luzes dos navios ao longe, notado no brilho do olhar do passante.
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A palavra não apenas faz vacilar a ausência, torna presente o inalcansável pelo limite dos sentidos, ou melhor, reveste de sentido, quase sempre para além do que se é.
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Alguns namoros e enlaçamentos existenciais são como picolés de chuchu: frios e com gosto de nada!
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Se a fidelidade do cão se revestisse do blasé felino, aí sim, ele seria a melhor companhia do homem.
Inspirado na monumental poesia Tabacaria de Fernando Pessoa, este blog se propõe a ser meu observatório onde convergem e se dissipam meus pensamentos, meus passos, e algum ângulo do meu olhar. Sejam bem vindos!
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